Abelharuco (Merops apiaster L.)
Ave migradora, da família
Meropidae, o
Abelharuco (também conhecido pelas designações vulgares de
Abelharuco-comum,
Abelharuco-europeu,
Abelheiro,
Barranqueiro,
Bilheirós,
Melharuco e
Papa-abelhas) ocorre em Portugal como visitante estival e nidificante, permanecendo entre nós, desde a chegada, normalmente no mês de abril, vindo de África, onde passa a invernada, até ao final de agosto, não sendo, porém, rara a permanência de alguns indivíduos até ao final de setembro e mesmo até mais tarde.
Embora se distribua, no nosso país, por quase todo o território do Continente, com excepção das regiões mais próximas do litoral a norte do Tejo, o Abelharuco é uma espécie comum nas regiões a sul do Tejo, nas zonas mais quentes da Beira Baixa, Beira Alta e Trás-os-Montes, a norte do mesmo rio, sendo particularmente abundante no interior do Alentejo e rara nas restantes regiões.
Nidifica em túneis escavados por macho e fêmea, geralmente em barreiras de terra, nas margens de cursos de água, ou à beira de caminhos, mas também, mais raramente, no solo, em colónias ou isoladadamente. A construção dos ninhos ocorre, em Portugal, ao longo do mês de abril, período após o qual tem lugar a postura de 4 a 9 ovos que são incubados durante 20 dias. As crias permanecem no ninho durante 20 a 25 dias.
A dieta desta espécie é constituída por uma grande variedade de insectos, mas especialmente por abelhas, nas regiões onde esta espécie ocorra, insectos que podem ser capturados no solo, ou em pleno voo.
(Local e data: Baixo Alentejo, nas proximidades de Mértola; 19 - agosto - 2011)
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