domingo, 26 de maio de 2013

Melro-azul (Monticola solitarius)





Melro-azul *( Monticola solitarius L.)
Ave da família Muscicapidae, residente e nidificante em Portugal. Embora, aparentemente, pouco comum (foi a primeira vez que o avistei) distribui-se, conquanto de forma irregular, por todo o território do Continente. Frequenta sobretudo zonas rochosas, escarpas junto de cursos de água, pedreiras abandonadas e vários de tipos de construções, incluindo castelos.
Nidifica em Portugal a partir de Abril, em fendas de rochas e em buracos de muros e edifícios em ruínas ou votados ao abandono. Em geral não cria mais que duas ninhadas em cada época de reprodução, época que, ao que parece, não irá além do mês de Julho. Cada postura varia entre 4 e 5 ovos. A incubação dura entre 12 e 15 dias e as crias abandonam o ninho cerca de 18 dias após a eclosão.
Alimenta-se sobretudo de invertebrados, ocasionalmente, de algum pequeno réptil e, durante o Outono e o Inverno, também de matéria vegetal, designadamente bagas.
*Outros nomes comuns: Melro-fragueiro; Afivelro; Melifela; Solitário.
Estatuto de conservação da espécie: "pouco preocupante".
Nota: na imagem, um macho. Ao contrário do macho que tem uma plumagem azulada, mais escura nas asas, a fêmea tem uma plumagem acastanhada com manchas brancas.
(Local e data: castelo de Alegrete; 24 - Maio - 2013)
(Clicando nas imagens, amplia)

2 comentários:

Arievop disse...

Como poderei saber quais aa áreas geográficas desta espécie "MELRO AZUL"
Se possível agradecia uma resposta.
Cumprimentos.
Ribeiro Marques

Francisco Clamote disse...

Segundo os especialistas (cfr. "Aves de Portugal - Ornitologia do território continental") "O melro-azul ocorre um pouco por todo o país, embora seja raro ou esteja ausente em grande parte do Ribatejo e do Alentejo, assim como em vastos sectores do litoral norte e centro". O mesmo título acrescenta que "Em algumas regiões do interior reside em zonas urbanas, como acontece em Castelo Branco, Castelo de Vide, Portalegre, Ouguela (Campo Maior), Barrancos e Mértola".
Confesso que tenho as minhas dúvidas quanto à afirmação inicial, na medida em que faz supor que a espécie é comum em Portugal. De facto, penso que a espécie é pouco comum. Eu, por exemplo, avistei-a apenas uma vez. No Castelo de Alegrete.