domingo, 26 de janeiro de 2025

Frisada (Mareca strepera) (fêmea)



Frisada (Mareca strepera L. ) (fêmea)
Pato de média dimensão (46 a 56 cm de comprimento; 78 a 90 cm de envergadura e com cerca de 900 gr. de peso) ocorre em Portugal como residente e nidificante raro ou pouco comum e como invernante não muito comum.
Em Portugal encontra-se principalmente na região sul do país, onde frequenta, sobretudo, estuários, salinas e lagoas costeiras, mas também barragens e açudes no interior.
FamíliaAnatidae;
Reprodução: o ninho é construído no solo, por entre vegetação densa e na proximidade da água. As posturas variam entre 8 e 12 ovos, durando a incubação entre 24 e 26 dias. As crias dispersam-se, tornando-se independentes, cerca de um mês e meio após a eclosão e o abandono do ninho.
Alimentação: a dieta desta ave é constituída essencialmente por material vegetal, mas também por insectos e outros pequenos animais que obtém, quer à superfície, quer na coluna de água.
Estatuto de conservação da espécie em Portugal: população residente:" Vulnerável"; população invernante: "Quase ameaçada".
[Local e data do avistamento: Almansil - Loulé  ( Algarve); 3 -  Dezembro - 2024]

sábado, 25 de janeiro de 2025

Caimão ou Galinha-sultana (Porphyrio porphyrio)


Caimão ou Galinha-sultana * (Porphyrio porphyrio L.)
Ave de apreciáveis dimensões (com cerca de 50 centímetros de comprimento e 1 metro de envergadura de asas) ocorre em Portugal como espécie residente e invernante, pouco comum e localizada.
Facilmente identificável através da plumagem azul e do bico e patas vermelhas, frequenta lagos, lagoas, pauis, pântanos e outras zonas húmidas desde que com abundante vegetação, pois esta serve-lhe de refúgio e providencia-lhe boa parte da alimentação. 
Em Portugal, a espécie, que nos últimos tempos tem vindo a conhecer um notável aumento da sua população,  distribui-se sobretudo pelo sul do território do Continente, com destaque para a região do Algarve, à qual esteve confinada, como residente, até não há muitas décadas. 
FamíliaRallidae;
Reprodução: a reprodução pode ocorrer ao longo de quase todo o ano. O ninho, volumoso, é construído por entre a abundante vegetação dos locais onde permanece. As posturas vão de 3 a 5 ovos que são incubados pela fêmea e pelo macho durante 23 a 27 dias. As crias tornam-se independentes cerca de 2 meses após a eclosão.
Alimentação: sendo omnívora, a dieta desta ave é, no entanto, constituída sobretudo por matéria vegetal, com manifesta preferência por caules de tabua e bunho. 
Estatuto de conservação da espécie: em Portugal: "Vulnerável". Em geral: "Pouco preocupante"
*Outros nomes comuns: Alquimão; Calamão; Camão-comum; 
(Avistamento: Almansil - Loulé;  3  - Dezembro - 2024)

quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

#Insectos: Oenopia conglobata

Oenopia conglobata (Linnaeus, 1758)
Pequeno insecto, de corpo aproximadamente oval, com cerca de meio centímetro de comprimento, apresentando na parte anterior do tórax (prototórax) 7 manchas escuras e repartidas pelos dois élitros, outras 16 manchas, também escuras. 
Classificação científica
Reino: Animalia;
Filo: Arthropoda;
Classe: Insecta;
Ordem: Coleoptera;
Subordem: Polyphaga;
Família: Coccinellidae;
Género: Oenopia;
Espécie: O. conglobata.

Distribuição: grande parte da Europa; Norte de África e regiões temperadas da Ásia.

(Avistamento: Parque da Paz - Almada; 21 - Janeiro - 2025)

quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

Perna-verde-comum (Tringa nebularia)





Perna-verde-comum ou Maçarico-cinzento (Tringa nebularia Gunnerus)
Ave da família Scolopacidae , ocorre em Portugal sobretudo como espécie invernante e como migradora de passagem (de Março a Maio para os locais de nidificação no Norte da Europa e a partir do final do Verão em direcção a África, local onde, em grande número, passa a invernada). A espécie pode, no entanto, ser observada em Portugal, durante todo o ano, dado que aqui permanecem alguns (poucos) exemplares não reprodutores.
As populações invernante e migradoras (aquela, aparentemente mais numerosa do que as restantes) raramente são avistadas no interior do país, encontrando-se sobretudo ao longo do litoral, ocorrendo as maiores concentrações na Ria Formosa (Algarve) e nos estuários do Tejo e do Sado.
Semelhante ao Perna-vermelha-comum, dele se distingue, no entanto, com relativa facilidade, se se atentar na cor das patas (verdes) e no bico ligeiramente encurvado.
Estatuto de conservação da espécie (IUCN: " Pouco preocupante ".
[Local e data do avistamento: estuário do Tejo (Seixal); 15 - Janeiro - 2025]

segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

Ouriço-cacheiro (Erinaceus europaeus)

 

Ouriço-cacheiro (Erinaceus europaeus L.)
O Ouriço-cacheiro é um pequeno mamífero, da família Erinaceidae que apresenta o corpo coberto de espinhos, que lhe servem de defesa contra os seus predadores. Do ponto de vista alimentar, o ouriço-cacheiro é essencialmente um insectívoro, mas come também outros animais, como minhocas, baratas, caracóis e pequenos répteis, não desdenhando também frutos que encontre no chão. É um animal originário da Europa, havendo notícia de que terá sido introduzido na Nova Zelândia.
Estatuto de conservação da espécie: "Pouco preocupante"
[Avistamento: Fernão Ferro (Seixal); 16 - Dezembro - 2024]

terça-feira, 10 de dezembro de 2024

Abibe (Vanellus vanellus)




Abibe ou Abibe-comum *( Vanellus vanellus L.) 
Ave da Família Charadriidae, ocorre em Portugal como invernante comum e como nidificante raro ou meramente ocasional. Ocorre com bastante mais abundância no sul de Portugal e em particular no Alentejo, durante o Outono e o Inverno, podendo ser avistado na proximidade de zonas húmidas, em terras lavradas e em campos de pastagens. Durante a época da reprodução (na Primavera) é muito menos frequente pois, como ficou dito, raramente nidifica no país.
Estatuto de conservação da espécie: "Pouco preocupante"
[Avistamento: Pera (Silves - Algarve); 1 - Dezembro - 2024]

sábado, 7 de dezembro de 2024

Borboleta-monarca (Danaus plexippus) (Lagarta)

 

Mais informação sobre a Borboleta-monarca, bem como imagens da fase adulta (imago): aqui e aqui.

[Avistamento: Alcantarilha (Algarve); 1 - Dezembro - 2024]

segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Animais marinhos: Anthopleura biscayensis

 

Anthopleura biscayensis (Fischer, 1874)

Taxonomia:

Reino: Animalia;
Filo: Cnidaria;
Classe: Anthozoa;
Ordem: Actiniaria;
Família: Actiniidae;
Género: Anthopleura;
Espécie: A. biscayensis.

Distribuição: Oceano Atlântico (litoral da costa leste);  Mar Mediterrâneo; arquipélagos de Cabo Verde e São Tomé e Príncipe.

Habitat: pode encontrar-se desde a zona entremarés até à profundidade de 30 m.

[Avistamento: Costa da Caparica (Almada); 6 - Agosto - 2024]

domingo, 24 de novembro de 2024

Borboletas: Emmelia trabealis

Emmelia trabealis (Scopoli, 1763)*
Taxonomia:
Reino: Animalia;
Filo: Arthropoda;
Classe: Insecta;
Ordem: Lepidoptera;
Família: Noctuidae;
Género: Emmelia;
Espécie: E. trabealis.

Distribuição: Europa, Norte de África e Ásia desde o Médio Oriente até à China e Japão. Em Portugal ocorre apenas no território do Continente.

Habitat: terrenos relvados, arenosos, secos e ensolarados, onde ocorra a espécie "Convolvulu arvensis".

* Sinonímia: Acontia trabealis.

(Avistamento: concelho de Alcochete; 15 - Maio - 2024)

terça-feira, 19 de novembro de 2024

Diptera: Eupeodes corollae


Eupeodes corollae (Fabricius, 1794)
Taxonomia:
Reino: Animalia;
Filo: Arthropoda;
Classe: Insecta;
Ordem: Diptera;
Familia: Syrphidae;
Género: Eupeodes;
Espécie: E. corollae.
Distribuição: por toda a Europa;  em várias regiões do continente asiático; e no Norte, Leste e Sul de África. Em Portugal ocorre, quer no território do Continente. quer nos arquipélagos dos Açores e da Madeira.
Habitat: variado, designadamente, terrenos de pastagem, margens de cursos de água, bermas de estradas e caminhos, jardins e quaisquer outros locais onde haja plantas em floração.
(Avistamento: Santo Estevão (Sabugal); 30 - Outubro - 2024)

Borboleta-das-couves (Pieris brassicae)




Borboleta-das-couves [Pieris brassicae (Linnaeus, 1758)]

Classificação
Reino: Animalia;
Filo: Arthropoda;
Classe: Insecta;
Ordem: Lepidoptera;
Família: Pieridae;
Género: Pieris;
Espécie: Pieris brassicae.
[Avistamento: Parque da Paz - Almada; 19 Novembro - 2024]

sábado, 16 de novembro de 2024

Coleópteros: Anthaxia dimidiata

 

Antaxia dimidiata ( Thunberg , 1789)
Classificação científica:
Reino: Animalia;
Filo: Arthropoda;
Classe: Insecta;
Ordem: Coleoptera;
Subordem: Polyphaga;
Família: Buprestidae;
Género: Anthaxia;
Espécie: A. dimidiata
Distribuição: os registos de ocorrências desta espécie de coleóptero polífago concentram-se quase exclusivamente nas regiões em torno do Mediterrâneo Ocidental, desde a Península Ibérica até à Sicilia (na Europa) e desde Marrocos até à Tunísia (em África). 
Habitat: enquanto larva desenvolve-se sob a casca de árvores, sobretudo oliveiras e freixos. Como adulto frequenta uma multiplicidade de flores de que se alimenta.
(Avistamento: Parque da Paz - Almada; 21 - Abril - 2024)

quinta-feira, 14 de novembro de 2024

Gafanhotos: Antaxius spinibrachius

(Fêmea)

(Macho)

Antaxius spinibrachius (Fischer, 1853)

Classificação científica:
Reino: Animalia;
Filo: Arthropoda;
Classe: Insecta;
Ordem: Orthoptera;
Família: Tettigoniidae;
Género: Antaxius;
Espécie: A. spinibrachius.

Distribuição: Península Ibérica (Centro e Norte de Portugal; e Centro e Noroeste de Espanha). Há também registo da presença da espécie na Madeira e no Oeste de França, locais, onde, supostamente, terá sido introduzida.

Habitat: terrenos de pastagem e matos densos, a altitudes até 2400 m.

(Avistamento: Serra de Alvelos (Troviscal - Sertã); 3 - Julho - 2024)

segunda-feira, 11 de novembro de 2024

Anémona-do-mar-verde (Anemonia viridis)

 
Anémona-do-mar-verde [Anemonia viridis (Forsskål, 1775)]
Classificação científica:
Reino: Animalia;
Filo: Cnidaria;
Classe : Anthozoa;
Ordem: Actiniaria;
Família: Actiniidae;
Género: Anemonia;
Espécie: A. viridis.

Distribuição/habitat: a espécie está presente no lado oriental do Oceano Atlântico, desde as Ilhas Britânicas até ao arquipélago das Canárias e no Mar Mediterrâneo. Fixa-se sobretudo na zona entremarés, podendo, porém, encontrar-se a profundidades até 12 a 20 m. Durante a maré baixa, é avistável em poças de água formadas pelo recuo das águas.
[Avistamento: Praia da Foz (freguesia do Castelo; concelho de Sesimbra); 9 - Novembro - 2024]

sábado, 26 de outubro de 2024

Libélulas: Sympetrum striolatum



Sympetrum striolatum (Charpentier, 1840) (macho)
Classificação científica:
Reino: Animalia;
Filo: Arthropoda;
Classe: Insecta;
Ordem: Odonata;
Família: Libellulidae;
Género: Sympetrum;
Espécie: S. striolatum.
Distribuição e habitat: libélula nativa da Europa e Ásia. Frequenta locais na proximidade de cursos de água, preferentemente com correntes fracas, bem como lagoas e outras massas de água. Em Portugal ocorre de forma dispersa por todo território do Continente.
[Avistamento: Rio Côa, em Quadrazais (Sabugal); 13 - Setembro - 2024) 

Cartaxo-nortenho (Saxicola rubetra)

 


Cartaxo-nortenho (Saxicola rubetra L.)
Ave pequena (o comprimento não excede 14 cm e o seu peso não ultrapassa 26 gr.) é algo semelhante ao seu congénere Cartaxo-comum (Saxicola rubicola). O facto de possuir uma risca supraciliar branca bem visível, permite, no entanto, distinguir as duas espécies, visto que o Cartaxo-comum não a tem ou, pelo menos, não é tão conspícua.
Em Portugal esta espécie ocorre como nidificante muito raro (a área de nidificação é, aliás, muito reduzida, estando limitada às serras da Peneda-Gerês e de Montesinho, no extremo norte do país) e como migrador de passagem, sendo que, mesmo durante as épocas de migração, é pouco comum.
FamíliaMuscicapidae;
Reprodução: esta espécie constrói o ninho no chão, por entre vegetação densa e com frequência junto de algum arbusto e por via de regra cria apenas uma ninhada em cada época de reprodução. Esta tem início entre Abril e Maio. 
A dimensão das posturas varia entre 4 e 7 ovos, que são incubados durante 12 a 13 dias. As crias abandonam o ninho 17 a 19 dias após a eclosão.
Alimentação: a dieta é constituída essencialmente por insectos e outros invertebrados. Em épocas com menos abundância de presas, a ave também se alimenta de bagas.
Estatuto de conservação da espécie: Em Portugal: "Vulnerável"; em geral: "Pouco preocupante".
[Avistamento: Troviscal (Sertã); 17 - Setembro - 2024]

terça-feira, 22 de outubro de 2024

Borboletas: Esverdeada (Pontia daplidice)

Esverdeada [Pontia daplidice (Linnaeus, 1758)]
Classificação científica:
Reino: Animalia;
Filo: Arthropoda;
Classe: Insecta;
Ordem: Lepidoptera;
Família: Pieridae;
Género: Pontia;
Espécie: Pontia daplidice.
(Avistamento: Fernão Ferro (Seixal); 21 - Outubro - 2024)

sábado, 19 de outubro de 2024

Gafanhotos: Arcyptera tornosi

 
Arcyptera tornosi Bolívar, 1884

Classificação científica:
Reino: Animalia;
Filo: Arthropoda;
Classe: Insecta;
Ordem: Orthoptera;
Família: Acrididae;
Género: Arcyptera;
Espécie: A. tornosi;

Distribuição: espécie endémica da Península Ibérica, com ocorrência em Portugal limitada às regiões a norte do Tejo e  em Espanha ao Centro  e Oeste peninsular.
(Avistamento: Serra de Alvelos (Troviscal - Sertã); 3 - Julho - 2024)

quinta-feira, 17 de outubro de 2024

Gafanhotos: Oedipoda coerulea

 

Oedipoda coerulea Saussure, 1884

Classificação científica:
Reino: Animalia;
Filo: Arthropoda;
Classe: Insecta;
Ordem: Orthoptera;
Família: Acrididae;
Género: Oedipoda;
Espécie: O. coerulea.

Distribuição: a espécie distribui-se por toda Península Ibérica, onde é bastante comum, por França e Itália, onde são raros os avistamentos, havendo igualmente registo da sua presença no  arquipélago dos Açores.
Habitat: sítios secos e rochosos, a altitudes ate 2900 m, surgindo, sobretudo, durante os meses de Julho, Agosto e Setembro.
(Avistamento: Serra da Estrela (à altitude de 1250m); 10 - Julho 2019)

domingo, 13 de outubro de 2024

Papa-moscas-cinzento (Muscicapa striata)

Papa-moscas-cinzento (Muscicapa striata Pallas)

Também designado vulgarmente por Taralhão-cinzento, o Papa-moscas-cinzento é uma ave da família Muscicapidae que ocorre em Portugal continental como nidificante, embora pouco abundante, e como migradora de passagem (em direcção aos países do norte da Europa - durante a migração pré-nupcial, na primavera - e em direcção a África, onde inverna, na passagem outonal). Como nidificante, a sua distribuição no território do Continente tende a concentrar-se, sobretudo, nas regiões do Ribatejo e do Alto Alentejo, em zonas florestadas, mas com boas abertas e em parques urbanos.
Estatuto de conservação da espécie (IUCN): "Pouco preocupante"
(Avistamento: Troviscal (Sertã); 10 - Setembro - 2024)

sábado, 12 de outubro de 2024

Perna-verde-comum (Tringa nebularia)

 




Perna-verde-comum ou Maçarico-cinzento (Tringa nebularia Gunnerus)

Ave da família Scolopacidae, ocorre em Portugal sobretudo como espécie invernante (pouco numerosa) e como migradora de passagem (de Março a Maio para os locais de nidificação no Norte da Europa e a partir do final do Verão em direcção a África, local onde, em grande número, passa a invernada). A espécie pode, no entanto, ser observada em Portugal, durante todo o ano, visto que aqui permanecem alguns (poucos) exemplares não reprodutores. 
As populações invernante e migradoras (aquela, aparentemente mais numerosa do que as restantes) raramente são avistadas no interior do país, encontrando-se sobretudo ao longo do litoral, ocorrendo as maiores concentrações na Ria Formosa (Algarve) e nos estuários do Tejo e do Sado.
Semelhante ao Perna-vermelha-comum, dele se distingue, no entanto, com relativa facilidade, se se atentar na cor das pernas (verdes) e no bico ligeiramente encurvado. 
Estatuto de conservação da espécie (IUCN): "pouco preocupante".
[Avistamento: estuário do Tejo (Amora - Seixal); 12 - Outubro - 2024]