segunda-feira, 4 de agosto de 2025

Saltão-cabeça-de-cone (Ruspolia nitidula)


Saltão-cabeça-de-cone [Ruspolia nitidula (Scopoli, 1786)*]

Taxonomia:
Reino: Animalia;
Filo: Arthropoda;
Classe: Insecta;
Ordem: Orthoptera;
Família: Tettigoniidae;
Género: Ruspolia;
Espécie: R. nitidula.

Distribuição: A população desta espécie está concentrada sobretudo na Europa e nas ilhas da Macaronésia (arquipélagos das Canárias, da Madeira e dos Açores) com alguns núcleos dispersos em  África e na Ásia. 

Habitat: frequenta sobretudo margens de cursos de água e outras zonas húmidas com ervas altas. 

* SinonímiaGryllus nitidulus Scopoli, 1786.
(Avistamento: Parque da Paz - Almada; 2 de Agosto  2025)

domingo, 3 de agosto de 2025

Vespa-do-barro (Sceliphron caementarium)




Vespa-do-barro [Sceliphron caementarium (Drury, 1770)]

Classificação científica:
Reino: Animalia;
Filo: Arthropoda;
Classe: Insecta;
Ordem: Hymenoptera;
Família: Sphecidae;
Género: Sceliphron;
Espécie: S. caementarium.

Nota: vespa originária da América Central e da América do Norte, tem vindo a ser avistada em Portugal desde os anos 70 deste século.
Para mais informação sobre a espécie, com biologia, ecologia e habitat, bem singulares, sugere-se uma  visita a este site  da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.

(Avistamento: Parque da Paz - Almada; 2 - Agosto - 2025)

sábado, 26 de julho de 2025

Verdilhão (Chloris chloris)

 


Verdilhão *(Chloris chloris L.)  (Macho)
Pequena ave da família Fringillidae  (com 13 e 15 cm. de comprimento; envergadura de asas com cerca de 25 a 28 cm. e com 25 a 31 gr. de peso) o Verdilhão ocorre em Portugal sobretudo como residente e nidificante, embora também haja notícia da existência de migradores de passagem e de alguns escassos invernantes. Como residente é muito comum, distribuindo-se por todo o território do Continente, embora seja menos abundante nas regiões secas do interior, escasseando também a altitudes mais elevadas.
Alimentação: a dieta desta espécie é constituída essencialmente por sementes e fruta, mas, durante a época da reprodução, também captura pequenos invertebrados, mormente insectos, que consome ou dá às crias.
Reprodução: esta ave cria uma ou duas ninhadas em cada ano, começando a nidificar em Portugal a partir de Março. O ninho é construído em ramos de árvores ou arbustos, a alturas entre 1 e 5 metros. Em cada postura são incubados 4 a 6 ovos durante cerca de 13 dias. As aves abandonam o ninho,  14 ou 15 dias após a eclosão. 
Estatuto de conservação da espécie (IUCN): "Pouco preocupante".
* Outros nomes comuns: Verdilhão-comum; Verdizela; Milheira-amarela; Amarelão.
Avistamento: Cabo espichel (Sesimbra) 22 - Julho 2025

quinta-feira, 24 de julho de 2025

Gafanhotos: Sphingonotus imitans





Sphingonotus imitans Brunner von Wattenwyl, 1882

Classificação científica
:
Reino: Animalia;
Filo: Arthropoda;
Classe: Insecta;
Ordem: Orthoptera;
Família: Acrididae;
Género: Sphingonotus;
Espécie: S. imitans.

Distribuição: espécie endémica da Península Ibérica, com ocorrência limitada à costa atlântica de Portugal (sobretudo na costa algarvia) e no sul de Espanha (desde Huelva a Cádis).

Habitat: dunas costeiras e terrenos arenosos com vegetação pouco densa, na proximidade do litoral.
[Avistamento: Ponta os Corvos (Seixal); 1 - Julho - 2025]

quarta-feira, 23 de julho de 2025

Escrevedeira-de-garganta-preta (Emberiza cirlus)





Escrevedeira-de-garganta-preta (Emberiza cirlus L.) (fêmea)

Ave com aproximadamente 16 cm de comprimento e com cerca de 22 cm de envergadura, ocorre em Portugal como residente, de pouco comum a comum, sendo mais abundante nas regiões do Norte e do Centro do que no Sul, frequentando habitats diversos, pois, enquanto no Centro e Norte se encontra sobretudo em zonas agrícolas, a sul do Tejo aparenta preferir orlas e clareiras de bosques.
FamíliaEmberizidae;
Reprodução: esta espécie constrói o ninho bem dissimulado em sebes, arbustos ou pequenas árvores, onde são depositados 3 a 4 ovos. Durante cada época de reprodução, esta espécie pode realizar até 3 posturas. A incubação dura cerca de 13 dias. As crias abandonam o ninho 12 a 13 dias após a eclosão.
Alimentação: ave granívora, a sua dieta é constituída sobretudo por sementes, sendo, porém, certo que, durante a época de reprodução, captura habitualmente várias espécie de invertebrados, mormente, grilos e gafanhotos de que se alimenta e que usa também para alimentação das crias.
Estatuto de conservação da espécie: (IUCN) : "Pouco preocupante".
(Avistamento: Cabo Espichel;  (Sesimbra) 17 - Julho - 2025)

sexta-feira, 18 de julho de 2025

Pintassilgo (Carduelis carduelis)





Pintassilgo ou Pintassilgo-comum (Carduelis carduelis L.) 
Pequena ave (com 11 a 13 cm. de comprimento; 21 a 25 cm. de envergadura; e 14 a 19 gramas de peso) ocorre em Portugal como residente e nidificante comum ou muito comum, frequentando, sobretudo, campos pouco arborizados, orlas e clareiras de bosques e mesmo jardins e parques em zonas urbanas.
FamíliaFringillidae;
Alimentação: a dieta do Pintassilgo é constituída essencialmente por sementes e, em especial, sementes de cardos, facto que explica que lhe tenha sido atribuída a designação científica de Cardulelis carduelis. Na época de reprodução, esta ave também se alimenta de insectos.
Reprodução: o Pintassilgo cria geralmente duas ninhadas em cada ano. Em cada postura, a ave deposita entre 3 a 7 ovos num ninho, em forma de taça, construído, geralmente, nos ramos de árvores de pequeno porte ou de arbustos. Os ovos são incubados pela fêmea durante 9 a 14 dias. As crias saem do ninho 13 a 18 dias após a eclosão.
Estatuto de conservação da espécie: "Pouco preocupante".
[Avistamento: Cabo Espichel (PNArrábida); 17 - Julho - 2025]

domingo, 13 de julho de 2025

Borboletas: Eublemma parva



Eublemma parva (Hübner, 1808)
Classificação científica:
Reino: Animalia;
Filo: Arthropoda;
Classe: Insecta;
Ordem: Lepidoptera;
Família: Erebidae;
Género: Eublemma;
Espécie: E. parva.
Distribuição: a espécie é frequente no Norte de África, nos arquipélagos das Canárias e da Madeira e na Eurásia (desde o Sudoeste da Europa até à Ásia Central).
Em Portugal ocorre no território do Continente e no arquipélago da Madeira.
[Avistamento: Ponta dos Corvos (Seixal); 5 - Julho - 2025]

quarta-feira, 9 de julho de 2025

Gafanhotos: Dociostaurus jagoi

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Dociostaurus jagoi Soltani, 1978

Classificação científica:
Reino: Animalia;
Filo: Arthropoda;
Classe: Insecta;
Ordem: Orthoptera;
Família: Acrididae;
Género: Dociostaurus;
Espécie: D. jagoi.
Distribuição: a espécie está concentrada quase exclusivamente no Sudoeste Europeu (Península Ibérica, França e algumas ilhas do mediterrâneo como as Baleares, Córsega e Sardenha). Há, no entanto, também alguns raros registos da sua presença no Noroeste de África.
Habitat: frequenta sobretudo locais secos, com vegetaçao escassa.
Avistamentos: Ponta dos Corvos, (Seixal); 5 - Julho 2025 (foto 1); Parque da Paz (Almada); 7 - Julho - 2025 (fotos 2 e 3).

Garça-real (Ardea cinerea)


 Garça-real, Garça-cinzenta ou Airão (Ardea cinerea L.). 

A Garça-real é a maior das garças avistadas em Portugal, onde ocorre, quer como residente e nidificante, quer sobretudo como migradora de passagem e como invernante. Pode ser encontrada em zonas húmidas, sobretudo no litoral, mas também no interior, designadamente em estuários, lagoas, barragens, açudes, rios, valas e mesmo em arrozais. 
FamíliaArdeidae;
Estatuto de conservação da espécie:(IUCN) "Pouco preocupante".
(Avistamento: Ponta dos Corvos -  Estuário do Tejo  - Seixal; 5 - Julho - 2025)

sexta-feira, 4 de julho de 2025

Hemípteros: Melanocoryphus albomaculatus

Melanocoryphus albomaculatus (Goeze, 1778)
Classificação científica:
Reino: Animalia;
Filo: Arthropoda;
Classe: Insecta;
Ordem: Hemiptera;
Família: Lygaeidae;
Género: Melanocoryphus;
Espécie: M. albomaculatus.

Distribuição:  a população da espécie encontra-se concentrada maioritariamente na Europa (Sul e Centro) e, em menor grau,  na Ásia (desde a Península da Anatólia até ao Mar Cáspio)
Em Portugal apenas há registos no território do Continente.
[Avistamento: arredores da Lagoa d Albufeira (freg.Castelo - Sesimbra); 3 - Julho - 2025]

quarta-feira, 2 de julho de 2025

Aranhas: Aranha-tigre-lobada (Argiope lobata)


Aranha-tigre-lobada *[Argiope lobata (Pallas, 1772)]

Classificação científica:
Reino: Animalia;
Filo: Arthropoda;
Classe: Arachnida;
Ordem: Araneae;
Família: Araneidae;
Género: Argiope;
Espécie: A. lobata.

Descrição: aranha com tamanho relativamente grande, com 22 mm (fêmeas) e 8 mm (machos) estabelece-se, por via de regra, em  zonas de matos ralos e em campos de ervas altas onde constrói uma teia larga que usa para capturar uma ampla variedade de insectos de que se alimenta, incluindo gafanhotos e borboletas.

Distribuição:  é nativa da Europa, África e  Ásia. Em Portugal ocorre em todo o território do Continente.
Perigosidade: é considerada como não perigosa para os humanos. No entanto, a sua mordidela é dolorosa.
*Outros nomes comuns: Cesteira-dos-matos; Cesteira-lobada; Tecedeira-lobada.
[Avistamento: Ponta dos Corvos (Seixal); 1 - Julho - 2025]

terça-feira, 1 de julho de 2025

Aves no parque da cidade (XVI): Rola-turca (Streptopelia decaocto)

 



Rola-turca (Streptopelia decaocto Frivaldszky)

Ave da família Columbidae, a Rola-turca, também designada por Rola-da-Índia, tem vindo a expandir, nas últimas décadas, a sua área de distribuição, originalmente limitada "a regiões temperadas desde o sudeste da Europa até ao Japão". A Portugal terá chegado apenas em meados da década de setenta do século passado, mas encontrou aqui boas condições para se desenvolver, sendo actualmente uma ave residente e nifidicante muito abundante. Encontra-se, mesmo com frequência,  em parques e jardins no interior das cidades, onde também nidifica.
Faz várias posturas por ano, construindo o ninho em árvores com pequenos ramos formando uma simples plataforma (exemplo aqui), onde põe 2 ovos que são incubados durante um período que, geralmente, não excede os 13-14 dias.
Estatuto de conservação da espécie: "Pouco preocupante".
(Avistamento: parque urbano de  Almada; 1 - Julho - 2025)

sábado, 21 de junho de 2025

Aves no parque da cidade (XV): Mainá-de-crista (Acridotheres cristatellus) (Juvenil)



Mainá-de-crista (Acridotheres cristatellus L.) (Juvenil)
Também designada por Mainato-de-poupa, esta ave é originária de vários países da Ásia (China, Miamar, Cambodja, Vietname e Laos) e foi entretanto introduzida na Europa, havendo registos de nidificação, pelo menos, na Áustria e em Portugal. Esses registos no nosso país, são recentes, pois datam apenas  de 1997. Actualmente, a ave pode ser avistada durante todo o ano, sobretudo na região da Grande Lisboa, quer a Norte, quer a Sul do Tejo, onde as  suas aparições são frequentes, pelo que me tem sido dado observar.
Pertence à família Sturnidae, tal como o Estorninho-preto, com o qual apresenta algumas semelhanças, quer no aspecto geral, quer no comportamento alimentar. Distingue-se, no entanto, do estorninho em cuja companhia pode ser vista a alimentar-se, por ser de maior tamanho e por ter uma um tufo de penas (crista, ou poupa), na base do bico. Em voo, apresenta umas grandes manchas brancas nas asas que a distinguem perfeitamente do estorninho, seu familiar.
Estatuto de conservação da espécie: "Pouco preocupante"
Nota: os juvenis aprresentam vários sinais que os distinguem dos adultos. Os mais evidentes, quanto a mim, serão a crista incipiente e ainda quase não visível; e os olhos com um aspecto muito menos agressivo que os dos adultos e que apresentam uma coloração algo diferente.
(Avistamento: parque urbano de Almada; 20 - Junho - 2025)

quinta-feira, 19 de junho de 2025

Hemípteros: Reduvius personatus



 Reduvius personatus (Linnaeus, 1758)
Classificação científica:
Reino: Animalia;
Filo: Arthropoda;
Classe: Insecta;
Ordem: Hemiptera;
Família: Reduviidae;
Género: Reduvius;
Espécie: R. personatus.

Distribuição: espécie nativa da Europa e do Oeste da Ásia, entretanto introduzida noutras partes do globo, encontrando-se actualmente a sua população concentrada sobretudo nas regiões de origem, mas também na América do Norte e Norte de África, sendo raras ou inexistentes as ocorrências noutras latitudes. 
Em Portugal, há registo de ocorrências da espécie, quer no território do Continente, quer nos arquipélagos dos Açores e da Madeira.
[Avistamento: poximidades da Lagoa de Albufeira (freguesia do Castelo - Sesimbra); 2 - Junho - 2025]

quarta-feira, 18 de junho de 2025

Aves no parque da cidade (XIV): Estorninho-preto (Sturnus unicolor)





Estorninho-preto (Sturnus unicolor Temminck) (Juvenil)

Ave da família Sturnidae,  com 22 a 23 cm de comprimento,  tem na plumagem inteiramente preta a característica mais evidente.
A sua distribuição está limitada à região mediterrânica ocidental (Península Ibérica, Sudoeste da França, Córsega, Sardenha, Sicília e Noroeste de África).
Em Portugal ocorre como residente e nidificante comum, encontrando-se presente em praticamente todo o território do Continente, embora essa presença seja mais acentuada no interior do Alto e Baixo Alentejo e no nordeste transmontano e beirão (cfr. Atlas das aves nidificantes em Portugal).
Nidifica em cavidades quer em árvores, quer em edifícios. As posturas (1 ou, menos frequentemente, 2 em cada Primavera) vão de 2 e 6 ovos que são incubados durante 9 a 15 dias. As crias abandonam o ninho 18 a 23 dias após a eclosão.
Ave omnívora, a sua dieta é, no entanto, constituída sobretudo por pequenos invertebrados e frutos.
Estatuto de conservação da espécie: "Pouco preocupante".
(Avistamento: Parque urbano de Almada; 3 - Junho - 2025)

terça-feira, 17 de junho de 2025

Aves no parque da cidade (XIII): Melro-preto (Turdus merula) (Juvenil)






 Melro-preto (Turdus merula L.) (Juvenil)
Ave da família Turdidae (com 24 a 29 cm de comprimento; 34 a 38 cm de envergadura de asas e com 80 a 125 gr. de peso) o Melro-preto, também designado vulgarmente por Melro,  ocorre em Portugal sobretudo como residente, estando presente em todo o território do Continente. Esta ave frequenta principalmente zonas com alguma cobertura de árvores ou arbustos, mesmo em espaços urbanos, sendo, ao invés, rara em áreas completamente abertas.
A espécie apresenta dimorfismo sexual: de facto, enquanto o macho (fotos 1, 2 e 3) tem plumagem preta brilhante e anel orbital amarelo bem visível; a fêmea (fotos 4, 5 e 6) apresenta uma plumagem escura de tom acastanhado e anel orbital bem mais  discreto que o do macho.
Alimentação: espécie omnívora, a sua dieta é constituída principalmente por minhocas e insectos que captura sobretudo no solo, mas inclui também bagas e outros frutos.
Reprodução: durante cada época de reprodução o melro-preto cria duas ou três ninhadas. Os ninhos em forma de taça, feitos à base de ervas e lama, são construídos em ramos de árvores e arbustos, a alturas  não superiores a 4 metros. As posturas variam entre 3 a 5 ovos que são incubados durante 12 a 14 dias. As crias abandonam o ninho cerca de 14 dias após a eclosão. 
Estatuto de conservação da espécie: "Pouco preocupante".
(Avistamento: Parque urbano de Almada; 1 - Junho - 2025)